Entre 1969 e 1990, Alcino Neves dos Santos Filho brilhou longe dos grandes centros do futebol brasileiro. Mais do que isso, se tornou ídolo do tradicional Clube do Remo, no Pará e é até hoje lembrado com carinho pela torcida. Com histórias incríveis e muitos gols, ele é mais um dos folclóricos jogadores do futebol nacional.
Como era comum nos anos 70 e 80, Alcino passou por vários clubes nacionais ao longo de sua carreira. Os destaques ficam por conta de Remo, Grêmio, Atlético-GO, América-RN e Sampaio Corrêa. Embora seja celebrado como um dos maiores jogadores da história do clube paraense, ele também jogou pelo Paysandu, mas não chegou a entrar em campo.
Nascido nos anos 50, Alcino nos deixou em 20 de Julho de 2006, aos 55 anos. Sua contribuição para o futebol nacional como artilheiro e figura folclórica, porém, é sempre lembrada. É por isso que hoje nós contamos a história do atacante e como ele se tornou ídolo do Remo, mantendo até os dias atuais a marca de 2º maior artilheiro do clube.
OS 18 CLUBES DA CARREIRA DE ALCINO E O SUCESSO NO REMO
Ao longo da carreira, Alcino atuou por 18 clubes diferentes no Brasil. Após uma breve passagem sem jogos oficiais pelo Madureira, ele deixa o Rio de Janeiro rumo à Belém. Aos 20 anos, assina com o Remo e passa cinco temporadas no clube. No norte do país, marcou 158 gols ao longo de 1970 e 1975 e se transformou em um artilheiro nacional.
Após deixar o Remo em 1976, Alcino tem uma passagem rápida, porém muito goleadora, pelo Grêmio. No tricolor gaúcho, anotou 28 gols em 48 jogos e manteve a afinidade com a bola na rede. Antes do fim dos anos 70, foi contratado pelo Atlético-GO, clube onde marcou nove gols em 17 partidas. Porém, na década seguinte, ele entra em declínio.
Entre 1980 e 1990, Alcino passou por 14 clubes diferentes ao redor do Brasil. Por outro lado, só realizou jogos oficiais e marcou gols em três deles. Entre Portuguesa, Bangu e Rio Negro-AM, fez 49 partidas e anotou 15 gols. Em 1990, após cinco temporadas seguidas sem atuar ou marcar, decidiu se aposentar do futebol.
A IDOLATRIA DE ALCINO NO REMO E AS HISTÓRIAS FOLCLÓRICAS
Pelo Remo, Alcino conquistou três Campeonatos Paraenses entre 73 e 75. Além disso, finalizou sua passagem em 1975 com 158 gols marcados, o que o coloca como o 2º maior artilheiro da história do clube, logo atrás de Dadinho. Em 2021, cinco anos antes de seu falecimento, o atacante foi eleito o melhor atacante do século no futebol do Pará.
Além de artilheiro, Alcino se despediu do futebol brasileiro como figura folclórica. Entre as principais histórias do atacante estão a agressão contra um ex-treinador, o roubo de um ônibus cheio de companheiros de equipe e o medo de voltar ao Rio de Janeiro por conta da sua participação em um assalto na juventude.
Pelo Remo, realizou um lance emblemático diante do rival Paysandu. Durante o seu 2º gol da vitória por 2×1 no clássico, sentou na bola antes de marcar após driblar a defesa do Papão. Por conta disso, acabou expulso pelo árbitro da partida, mas levou a loucura a torcida do Leão, que o venera até os dias de hoje.
FICHA TÉCNICA: ALCINO
Posição: Atacante
Idade: 55 anos
Clubes: Pinheirense, Independente Tucuruí, Uberaba, Vila Nova-MG, Campo Grande-RJ, Rio Negro-AM, América-RN, Sampaio Corrêa, Marília, Santa Cruz, Paysandu, Bangu, Portuguesa, Inter de Limeira, Atlético-GO, Grêmio, Madureira e Remo.
Números ao longo da carreira: 193 jogos e 210 gols
Títulos: Campeonato Amazonense, Campeão do Norte-Nordeste (1971), Campeonato Paraense (3x), Campeonato do Norte (1971), Torneio Internacional de Belém (1975), Torneio Pará-Goiás (1972), Torneio Cidade de Belém (1970) e Taça Vivenda (1972).
Prêmios Individuais: Artilheiro do Campeonato Paraense (73,74 e 75), Artilheiro do Campeonato Gaúcho (76) e Melhor atacante do Século no Futebol Paraense.
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This post was last modified on 15 de novembro de 2023 15:33